março 19, 2024
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Plágio: o que Fazer Contra essa Praga

Cópia

Você já teve algum dos artigos de seu blog copiados sem sua permissão? Se a sua for resposta for “sim”, você conhece bem o sentimento que se tem ao perceber isso. Se a resposta for “não”, eu insisto: você tem certeza disso? É muito provável que você já tenha sido copiado e nem se dê conta disso. A intenção deste artigo é mostrar as ferramentas existentes para ajudá-lo a detectar plágio e o que você pode fazer para minimizar o impacto dessa prática.

Por que escrever sobre plágio agora?

Esta semana, tive a desagradável surpresa de encontrar diversas cópias de artigos do Gerenciando Blog pela internet. É um sentimento estranho. Por um lado, vem o desagrado de ver algo em que trabalhei por horas sendo divulgado sem meu consentimento – ou sequer conhecimento – em outro site. Meu mais recente artigo Por que os Blogs Morrem?, já foi copiado, inclusive com a enquete que faz parte dele. Por outro lado, vem uma pontinha de satisfação por ver que fiz algo tão bem feito que está até sendo copiado. Mas, o primeiro sentimento prevalece.
Fato semelhante me foi relatado pela Sandra, do site Presentes de Natal: no artigo Nosso blog saiu do índice do Google, ela cita como o artigo dela foi copiado e o prejuízo que ela teve com a cópia.

Níveis de plágio e suas conseqüências

Existem os aspectos legais do plágio, mas vão vou entrar em detalhes sobre o assunto aqui. Para quem quiser se aprofundar nisso, cito novamente os artigos da série Propriedade Intelectual e Internet. Direito Aplicável, que o Marcos Gonçalves escreveu em seu ótimo blog JusLaboral.net.
Outro artigo muito interessante sobre o assunto é este: Cópias na Internet: Nem Tudo é Plágio, escrito pela Nospheratt ainda em 2008. Lá, ela esclarece bem que nem tudo o que chamamos de plágio merece esse nome.
Para este artigo, estou englobando como “plágio” todas as formas de cópia de conteúdo sem o conhecimento e autorização do autor original. Em minha visão, há níveis diferentes em que isso pode ser feito e suas conseqüências para o autor do artigo original.

1. Cópia de pequena parte do artigo, com citação da fonte: Este é o caso mais ameno e, até certo ponto, benéfico para o autor. É copiado apenas um trecho do artigo – normalmente o início – seguido pelo link do conteúdo original para que a pessoa leia mais sobre o assunto. É similar ao que acontece nos agregadores de notícias e redes sociais. Digo que isso é bom porque o blog original receberá as visitas vindas daquele site. Além disso, é um link adicional para o seu artigo, o que é benéfico para fins de otimização.


2. Cópia do artigo todo, com citação da fonte: Este é o caso intermediário. Há prós e contras. Os prós são os mesmos citados acima: você ganha um link e quem lê o artigo copiado pode se interessar e visitar o seu blog. Mas, este segundo efeito é minimizado, porque a pessoa já leu o artigo completo na cópia. 
O pior vem em termos das ferramentas de busca: o Google detesta textos duplicados. Quando alguém faz uma busca que levaria a uma dessas páginas, ele normalmente mostra a mensagem “Para mostrar os resultados mais relevantes, omitimos algumas entradas bastante semelhantes”. O usuário só conseguirá ver todos os resultados se clicar num link abaixo da mensagem. O problema é que o Google não é inteligente o bastante para sempre acertar qual é o artigo original. Então, pode acontecer do seu artigo não ser mostrado na busca. A conseqüência disso é a queda de suas visitas vindas do Google. Em casos extremos, você pode até ser penalizado e removido temporária ou permanentemente dos índices do Google, o que é gravíssimo para seu trabalho.


3. Cópia do artigo todo, sem citação da fonte: Este é o pior caso de todos. Seu artigo é copiado em sua totalidade e seu nome ou o do seu blog não são citados. Quem lê a cópia, é levado a acreditar que o plagiador é o autor do artigo, e não você. E você não tem benefício algum nesse caso, além de sofrer as graves conseqüências do texto duplicado, citado acima.
Um caso à parte são as citações para outros artigos. Isso é o que fiz acima com os artigos do Marcos e da Nospheratt: trata-se apenas de um link para o artigo, sem copiar o conteúdo deles. Isso é benéfico para todos: você indica ao seu leitor onde se aprofundar sobre o assunto e o blog original recebe mais visitas.

Como saber se meus artigos foram copiados?

Como eu disse no início deste artigo, você pode ter cópias de seus artigos pela internet e nem sabe disso. Há algumas formas de descobrir isso:

1. Google – Esta é a forma mais simples para saber se um artigo seu foi copiado. Busque no Google uma frase de seu artigo, preferencialmente entre aspas duplas. Se houver uma cópia dele, o Google mostrará o resultado para você. Como eu disse acima, preste atenção para a frase de resultados omitidos no final dos resultados. Clique no link para visualizar todos os artigos.

2. Google Alerts – No artigo Saiba antes com o Google Alerts, mostrei como utilizar essa ferramenta para monitorar cópias de seus artigos. A vantagem é que você receberá um alerta assim que o Google encontrar a cópia. Este é meu mecanismo favorito.

3. Copyscape – Este é um serviço especializado para a busca de artigos copiados. Basta acessar http://www.copyscape.com e digitar o endereço de seu blog. Na versão gratuita, a ferramenta mostrará apenas 10 resultados. Se quiser o resultado completo, precisa pagar uma pequena taxa. O site também oferece o serviço pago Copysentry, que funciona de forma similar ao Google Alerts, monitorando novas cópias.

4. FairShare – Trata-se de um serviço gratuito que também monitora a web e envia um alerta a você quando uma cópia é descoberta. Basta acessar o site https://fairshare.attributor.com/fairshare e preencher o endereço do feed de seus artigos. A ferramenta criará um feed com os alertas de cópia. Venho utilizando esta ferramenta já há algum tempo, mas muitas cópias não são detectadas.

O que posso fazer se fui vítima de cópia?

A ação que você tomará depende muito de sua intenção e da gravidade da cópia. Você pode simplesmente relevar a situação se entender que você está sendo beneficiado com fluxo de visitantes vindos da cópia. Eu mesmo já vivi essa situação e ignorei o caso.
Mas, normalmente, eu entro em contato com o autor, seja por e-mail, formulário de contato ou comentário no próprio artigo copiado, informando trata-se de cópia e citando o link para o artigo original. Com isso, a pessoa terá ao menos ciência de que você sabe o que ela está fazendo e pensará melhor antes de repetir a cópia. Dá também a ela a chance de se redimir do erro.
Agora, se você se sentiu prejudicado por isso, há medidas que podem ser tomadas:
  • Contate o autor e solicite que seja citada a fonte ou que o conteúdo seja removido.
  • Se ele não responder, contate o provedor de serviço onde o conteúdo está hospedado, informando o problema.
  • Se você já foi prejudicado nos resultados do Google, entre com um pedido de reconsideração, explicando a situação. Isso é feito na Área para Webmasters, em https://www.google.com/webmasters/tools/reconsideration.
  • Caso seu conteúdo tenha sido copiado em um blog do Blogger, há um formulário on-line para a denúncia (dica do Usuário Compulsivo).
  • Caso o site que fez a cópia utilize algum serviço de publicação de anúncios, como o AdSense, Buscapé, Submarino ou outros, você pode informar isso ao programa que ele utiliza.

O que posso fazer para evitar a cópia?

Há algumas dicas para você evitar ou minimizar a probabilidade de cópia, ou pelo menos abrandar os efeitos negativos:
  • Ao longo de seu artigo, faça citações do nome de seu blog. Caso seu artigo seja copiado na íntegra, o nome de seu blog irá no texto. Normalmente, o plagiador copia seu texto sem nem sequer lê-lo por completo.
  • Coloque sempre em seu texto links para outros artigos de seu blog. Da mesma forma que o item anterior, isso fará com que o leitor identifique tratar-se de um artigo copiado. Além disso, poderá trazer os visitantes da cópia para o seu blog.
  • Bloqueie o uso do botão direito e das teclas CTRL+C em seu blog. Isso pode ser feito com scripts como os mostrados em http://inwebblog.blogspot.com/2009/02/como-bloquear-o-botao-direito-de-mouse.html e http://www.icebreaker.com.br/2009/05/bloqueando-o-atalho-ctrlc-no-seu-blog.html. Particularmente, não uso isso porque parte do conteúdo do Gerenciando Blog é feita justamente para ser copiada e utilizada nos blogs.
Percebam que comecei este item dizendo que as dicas acima minimizam a cópia, mas não a evitam. Isso porque é impossível conseguir que seu conteúdo esteja 100% protegido contra cópias. Mas, elas dificultarão a cópia ou facilitarão a detecção da ocorrência.

E se eu quiser copiar o conteúdo de um artigo?

É possível que você esteja do outro lado da história. Ou seja: que você já tenha copiado ou tenha intenção de copiar o artigo de outro blog. Neste caso, a dica é simples: entre em contato com o autor e solicite sua autorização. Se ele autorizar, sempre cite a fonte e crie um link para o local original onde está o artigo. Se ele não autorizar, não publique. Simples assim. Você deve ter percebido que há implicações legais sérias nessa prática.

Conclusão

O plágio e a cópia não autorizada incomodam a todos que dedicam seu tempo para produzir conteúdo original. Mas, um ponto é claro: por mais esforço que você faça, não estará imune a esse problema. Então, cabe a você pesar o custo/benefício da questão. Ou seja: quanto tempo e preocupação você dispenderá com este problema? Há casos, claro, em que a situação é grave e exige medidas severas. Há outros que podem ser relevados. A decisão é sua.
Para terminar, cito mais um artigo da Nospheratt para quem deseja se aprofundar no assunto: Plágio e Direitos Autorais na Internet – Prevenção e Combate – Guia Completo.
E você, quais são as suas experiências com este tema tão incômodo? Deixe seu relato nos comentários!

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